Como ter processos ágeis

Processos ágeis são adaptativos para aproveitar oportunidades, mitigar riscos, tornar equipes hiper produtivas e entregar valor constantemente. Vou passar por todos os pontos básicos para que você possa adequar seus processos para a agilidade e em outros artigos detalharei cada um. O objetivo deste artigo é ser um sumário da estrutura e um bom ponto de partida.

A Sua Equipe

Sua equipe tem que ser ágil. Entenda, agilidade é um adjetivo. Ser ágil significa se auto desafiar, se adaptar constantemente e tentar gerar o maior valor possível com o menor custo (ou esforço).

As pessoas se comprometem pessoalmente em alcançar os objetivos do Time Scrum. O Time Scrum precisa ter coragem para fazer a coisa certa e trabalhar em problemas difíceis. Todos focam no trabalho da Sprint e nos objetivos do Time Scrum. O Time Scrum e seus Stakeholders concordam em estarem abertos a todo o trabalho e aos desafios com a execução dos trabalhos. Os membros do Time Scrum respeitam uns aos outros para serem pessoas capazes e independentes. – Scrum Guide

Sem pessoas com os valores de comprometimento, coragem, foco, abertura e respeito todo o resto deste texto é inútil. As práticas ágeis vão emergir de equipes ágeis. Os pontos abaixo vão ilustrar como ser empírico nesta busca e manter ciclos rápidos de transparência, inspeção e adaptação. Como dizia o filósofo: conhece-te a ti mesmo.

O Seu Processo

Tudo começa com o seu atual processo. Mesmo de forma inconsciente você tem uma forma de trabalhar. Na maior parte dos casos, as pessoas seguem o que a maioria faz para estar em conformidade com o grupo e não questionam o processo pelo simples motivo de “já estava assim como cheguei”. Saber sobre seu processo, fluxos, ferramentas, funções, restrições e tudo que faz parte dele é o primeiro passo para poder torná-lo ágil. Mas, porque?

Planejamento

Independente de como funciona seu processo, para ele ser ágil é preciso torná-lo orientado a geração de valor. Definir o que é valor e para quem, é a tarefa de um bom planejamento. Com estas definições, fica possível criar uma visão com objetivos e valores chave para acompanhar o progresso do que deverá ser feito para alcançá-los.

Backlog

Com uma visão clara e métricas de sucesso, criamos uma lista do que deve ser feito para alcançar esta visão, chamamos esta lista de Backlog. Colocamos tudo que precisa ser feito. Tudo mesmo. E ordenamos pelas coisas que dão o maior retorno com o menor esforço.

Sprint Planning

Pegamos os itens do topo do Backlog que possam ser executados em uma semana e detalhamos em tarefas de no máximo um dia cada para poder acompanhar a execução. Nesta reunião fazemos brainstorming e rabiscamos muito para abusar da criatividade e bater com a realidade dos recursos e tempo disponíveis garantindo o melhor retorno possível gerado durante a execução das tarefas.

Kanban

Tarefas definidas, colocamos em alguma ferramenta digital ou num quadro cheio de post-its para que fique claro o que está sendo feito e o que falta para executar.

A Sprint

Defina um intervalo fixo de tempo para a execução das tarefas, usamos de uma semana a quinze dias. Não mude esse prazo. Mantenha o prazo sempre fixo. Durante essa sprint, a equipe atualiza o status de cada tarefa conforme vai progredindo. Vai anotando o que está ajudando na produtividade e o que está atrapalhando.

A Reunião Diária

Todos os dias durante a sprint, a equipe deve se perguntar o que falta para atingir o objetivo da Sprint. O que foi executado, as próximas tarefas a serem executadas até a próxima reunião diária e o que está impedindo de fazer algo.

A Revisão

Ao fim da Sprint, a equipe faz a revisão do que está efetivamente pronto. Anotando o progresso dos resultados chave alcançados até este ponto.

A Retrospectiva

Um processo só é ágil se ele é adaptativo. Executado os objetivos da semana, deve ser feita uma avaliação com foco em produtividade: estamos fazendo as coisas da forma que gere o melhor resultado possível? Todos os resultados desta reunião devem mudar o processo e podem mudar até os objetivos ou em casos especiais a visão criada pelo planejamento.

E começa tudo de novo

Processos atualizados, Backlogs com a prioridade redefinda, equipe com a determinação e coragem para alcançar a visão e objetivos do projeto, começa um novo ciclo.

O Time

Chamamos de Product Owner ou PO a pessoa responsável por priorizar e garantir que seja executado as coisas mais importantes e principalmente, não seja executado nada com baixo retorno sobre o esforço investido.

O time de desenvolvimento é aquele que gera o valor e deve ser autônomo em como executar suas tarefas e melhorar seu processo. E para garantir isso temos o Scrum Master.

O Scrum Master tem a função de remover todo impedimento e desperdícios que atrapalhem o time de desenvolvimento e incentivar seu crescimento através dos princípios ágeis de transparência, inspeção e adaptação.

Existem fatores que atrapalham um equipe de se tornar ágil. Mas, repetindo, como se diz no próprio Guia do Scrum:

“O Sucesso no uso do Scrum depende das pessoas se tornarem mais proficientes na vivência destes cinco valores. As pessoas se comprometem pessoalmente em alcançar os objetivos do Time Scrum. O Time Scrum precisa ter coragem para fazer a coisa certa e trabalhar em problemas difíceis. Todos focam no trabalho da Sprint e nos objetivos do Time Scrum. O Time Scrum e seus Stakeholders concordam em estarem abertos a todo o trabalho e aos desafios com a execução dos trabalhos. Os membros do Time Scrum respeitam uns aos outros para serem pessoas capazes e independentes.“

Processos Ágeis

A retrospectiva foca na melhoria da produtividade, a revisão avalia a entrega de valor, a reunião diária ajuda no foco da entrega, a mitigar riscos e remover impedimentos diminuindo desperdícios, o tempo fixo da Sprint permite os ciclos contínuos de melhoria, o planejamento da Sprint evidencia as tarefas necessárias para atingir o objetivo e ficam visíveis com o acompanhamento transparente em quadros altamente acessíveis.