Não vendemos horas ou esforço, não compramos horas ou esforço. Compramos resultados que nos ajudem a gerar mais resultados. Foca no RESULTADO.
A não ser que o trabalho seja mecânico, individual e que um robô poderia ou deveria estar fazendo, monitorar horas trabalhadas, monitorar o esforço individual, medir performance individual num trabalho de equipe, criar o funcionário do mês ou pior, o funcionário remoto do mês é tanta idiotice que só vai afundar a produtividade e deixar claro que você não entende o que está fazendo.
E se o resultado não está satisfatório, ajude sua equipe se enxergar como equipe, dê a ela propósito, recursos, ambiente sem cobranças imbecis, dê autonomia em como realizar suas tarefas, cobre semanalmente ações de melhoria da produtividade da equipe e remova tudo que atrapalhar e impedir a equipe de realizar seu propósito e que gere desperdício de tempo e dinheiro.
TLTR – Too Long To Read
Esse prática de medir a performance individual vem da indústria, onde cada operário deve seguir um procedimento operacional padrão. Vem da época de Taylor em 1911 no livro “Princípios da Administração Científica”.
Quanto menos pensar melhor, quanto mais seguir ordens melhor, quanto mais seriado e seguir as conformidades, melhor, quanto mais hierarquia e medo, melhor, quanto mais divisão funcional, melhor, quanto mais previsível, melhor. Onde estão bem separados os que pensam e os que executam. 1911, para a indústria!
Se o seu problema ou negócio é ainda industrial ou do século passado, como fazer um mesmo bolo de chocolate ou um modelo de carro várias vezes, vai fundo no Taylorismo ou melhor, compre robôs.
Agora, para problemas complexos onde a concorrência é global, onde a solução está mais para inventar um novo bolo por dia do que repetir o mesmo bolo, você precisa de pessoas.
Pessoas interagindo em busca de um propósito com autonomia e desafiadas em gerar e melhorar suas próprias soluções.
Líderes não conseguem motivar e quando tentam são patéticos. Peter Drucker, o guru da administração, escreveu que quase todas as chamadas práticas de “gestão” só atrapalham as pessoas de realizar seu trabalho.
A liderança deve focar na melhoria do processo e em remover desperdícios junto com as equipes. Deve parar de acreditar no desempenho individual, os resultados vem da interação entre os indivíduos e as equipes. Essas interações que geram valor. A liderança deve focar nessas interações, na melhoria constante (diária) dos processos e nos resultados gerados. Pare de monitorar horas e monitore a energia da equipe.
Quando a equipe é desafiada como grupo e não individualmente, a apreciação do desempenho desta equipe não causa desânimo e desmotivação das pessoas e não mata o espírito de grupo.
A pressão dos pares, a autonomia e a busca por melhor produtividade da equipe vai impulsionar (ou expulsar) naturalmente os que não tem habilidades técnicas e competências coletivas. Com a transparência dos fatos, essas adequações à produtividade são claras e esperadas e sem efeitos colaterais. Não é uma decisão pessoal, mas em função do desempenho do grupo ao problema a ser resolvido.
Construa projetos em torno de indivíduos motivados. Dê a eles o ambiente e o suporte necessário e confie neles para fazer o trabalho. – Princípio do Manifesto Ágil